Ediney Santana |
Na sinopse de seu livro, o
poeta garante que?O Evangelho do mal? é um livro ácido e não menos suave.
Concordo. Contraditório e sincero. Os poemas de Ediney são carregados de
dramaticidade. O autor vive intensamente seu viver poético. Vive intensamente
suas antíteses e por isso mesmo escreve com a secura que somente um nordestino
- talvez - possa entender. Ou seja, com realidade extrema e doçura.
?Um livro sem doutrinas, sem
deuses, sem verdades ou mentiras.? Diz o autor. ?Um livro fruto disso que
chamamos de pós-modernidade. Escrever na pós-modernidade é vomitar excrementos
do passado no perfume inodoro do presente, é ser hiato de verbo algum.?
?Sou apenas um plagiador dos
risos e das dores de minha gente, que também são meus risos e minhas dores.
Sigo a solitária romaria da coerência? Sou coerente com meu solitário e
singular tempo. Tenho em mim muitas vozes. A voz de Patativa, do Catulo, de
Cazuza, de Renato Russo, a voz jovem de Belchior, os versos sombrios de Zé
Ramalho, a leveza de Mário Quintana, a rebeldia de Gregório de Matos, o
idealismo de Castro Alves, a agonia poética de Augusto dos Anjos, a tristeza de
Álvares de Azevedo, a vontade do riso de Machado de Assis, a voz de Cássia
Eller e de Maria Callas? Como posso não ter em mim a poesia musical de Ângela
Rorô? Sou fruto de tantas arvores e tantas leituras?.
Ao pesquisar na Internet
conferi alguns ataques de cólera contra a obra de Ediney Santana. Uma delas, a
de uma habitante do Rio Grande do Sul, morta de ódio pelas poesias. Xinga o
poeta de ignorante e usa ?nordestino? como palavrão! Horror! Ainda em 2006
existem ?pessoas? que guardam rancores extremos.
Viva todos os Salmon Rushdies
do mundo! Viva à liberdade, à igualdade, à fraternidade!? Três ?petit-fours? que
desde 1789 nunca saem da moda.
Por : Café Brasil
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